Thursday, September 6, 2007

A preto e branco

Os zombies são lentos, eu sou ainda mais, movimento-me tão devagar que eles própios não notam a minha presença na deles, acordo devagar, ainda mais lento do que o meu movimento andante, acordo sem saber que acordo porque me movimento para fora da cama...Depois existem dois rumos, a agua pixelizada de azul, ou o conforto da sala enquanto se espera por um copo de leite, o gato esta a tentar passar á minha frente na fila, luto cuidadosamente para não o magoar, ele ainda não pos a unhas de fora...Não tenho arranhões, apenas borbulhas do velhinho. Comida zombie, feita de zombies que ja não servem para nada, a não ser alimentar outros mortos vivos...Quem eu ? Um zombie? Talvez quando me sento em frente ao vidro la de fora e vejo telenovelas diarias de sucessos e fracassos urbanos. Estou atrasado, não fui depositar o meu cerebro ao banco, tenho um molho de neuronios na mão porque o senhor do talho só tinha trocados, e eu que queria tanto um quarto de cerebro. Estou atrasado, cheguei primeiro que a Maria...Life is good...Pequenos rasgos de sol entre as videocassetes da Maria...Estou á espera dela enquanto um pequeno zombie se senta á minha frente, quase que falando a lingua comum. Pàra-se a ele proprio nas palavras que desconhece. Bebo o meu cafe, fumo demasiado enquanto não me paro nas tubagens do meu caderno, pequenas palhinhas de tinta, pequenos pedaços de imaginação posterior. Eu subo esta casa enquanto a maria fotografa, depois ela desce enquanto eu fotografo, quase que podia-mos ter feito o nosso trabalho assim, uma diaria de escadas ascensoras de descensoras fotografadas repetidamente neste dia de escadas rolantes. Hoje eu, amanha ela, amanha eu, depois ela, ou mesmo ao contrario tambem pode ser. Vou-me embora...Vou um pouco mais leve, mais fumado, feito salchicha alema, não vou la a casa, existem zombies que eu nao quero ver, espero que ela traga o passarinho ate minha casa. Poquer...O passarinho tem medo de jogar com os objectos reluzentes que guarda no ninho, a Maria quase que ganhava, O kosta quase que se viciava.
Um novo acordar, hoje talvez suspenso do mundo la de fora. Vou ao Penny rezar um pouco. Vou á rua para ver se apanho cor, porque desde que sai da cama este preto e branco ainda não me saiu da pele.

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